sábado, março 12, 2011
Eles conhecem os deuses gregos e falam latim
segunda-feira, junho 15, 2009
Interpretação e Tradução das Lendas da Fundação de Roma

Começa no dia 6 de Julho, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Cave B), o Seminário de Interpretação e Tradução das Lendas da Fundação de Roma — leituras de Tito Lívio. Durante o mês de Julho e ao longo de 25 horas, a Prof.ª Doutora Ana Alexandra Alves de Sousa irá dirigir o curso que tem como objectivo, segundo o cartaz de divulgação, o “aperfeiçoamento em língua latina, a partir da leitura de trechos da obra de Tito Lívio que remetam para as lendas da fundação de Roma: o rapto das Sabinas, Clélia, Múscio Cévola, Cincinato, Lucrécia”. Destinado a todos os que pretendam “aperfeiçoar e desenvolver os conhecimentos da língua latina”, o “curso não tem como alvo exclusivo o público universitário, mas todos os interessados no objecto de estudo.” Como requisitos, apontam-se “conhecimentos básicos da língua latina”. A inscrição pode ser feita no primeiro dia, por email (lendasderoma@sapo.pt) ou pelo número de telefone 966 159 595.
quarta-feira, maio 27, 2009
sábado, janeiro 03, 2009
Para falar menos e melhor
O programa Today é um dos mais conhecidos e aclamados da BBC Radio 4. A seguir ao natal, esteve em estúdio o padre que traduz os textos da Igreja Católica para latim (tarefa que fez já sob diferentes papas, pois que a cumpre há 40 anos). Reginald Foster afirmou que se o papa usasse o latim nos seus discursos falava menos e com mais rigor, sem subterfúgios, pois a língua latina não permite a vacuidade e os devaneios do politiquês (para ouvir aqui).
Ao ouvir o Padre Foster (que já tinha sido notícia na BBC por causa da sua preocupação com o desaparecimento do latim) a falar, recordei este passo de A Educação Sentimental, de Gustave Flaubert, quando Frédéric, logo a seguir à proclamação da República em 1848, se encontra a assistir a uma reunião do clube “dos inteligentes” (‘clube’ neste contexto significa ‘partido político’):
— Michel-Evariste-Népomucène Vicent, ex-professor, exprime o voto no sentido de a democracia europeia adoptar a unidade de linguagem. Poderíamos servir-nos de uma língua morta, como por exemplo o latim aperfeiçoado.
— Não! Latim, não! — exclamou o arquitecto.
— Porquê? — replicou um professor.
E os dois cavalheiros envolveram-se numa discussão, a que todos se associaram, cada um lançando a sua frase para deslumbrar, e que não tardou a tornar-se tão fastidiosa que muitos se retiraram.
Usei a tradução de João Costa (Lisboa: Relógio d'Água, 2008), 245.
domingo, dezembro 07, 2008
Reino Unido preocupado com o ensino do Latim
Nos últimos anos, o número de professores de Latim tem vindo a diminuir drasticamente no Reino Unido, a ponto de a Casa dos Lordes do Parlamento ter demonstrado preocupações a esse respeito, pois começa a ser cada vez mais claro que não vai haver professores suficientes para assegurar o ensino desta língua dentro de pouco tempo. Lord Faulkner demonstrou ainda preocupações acerca da alta percentagem de escolas que não ensinam Latim, apesar de este número ter vindo a aumentar. Já para o ano vai haver um estudo sobre a introdução do Latim nos currículos de línguas. É a notícia da BBC que a seguir se lê:
A decline in the number of Latin teachers poses a serious threat to the teaching of the language in schools, peers have been told.
Lord Faulkner of Worcester said he was concerned the number of Latin teachers leaving the profession each year was far outnumbering those being trained.
He urged the government to give Latin the same priority in the curriculum as modern languages to reverse this trend.
Ministers said modern languages were their priority at primary school level.
Important subject
For every 35-40 new Latin teachers entering the profession every year, more than 60 were either retiring or opting to do something else, Labour peer Lord Faulkner said in the House of Lords.
He also expressed dismay about the 85% of state schools he said did not currently teach Latin at all.
"Isn't it time that Latin was reclassified as an official curriculum language and given the same encouragement as other languages?" he told peers.
Where individual schools could not offer Latin, ministers should urge local education authorities to include the subject somewhere on their curriculum.
For the government, Baroness Morgan of Drefelin said Latin was an "important subject" and a valuable tool in helping people learn a broad range of other languages.
She said it was "worrying" if a growing number of teachers were exiting the profession, for whatever reason, every year.
The number of non-selective state schools offering Latin had doubled since 2000, she said, while there would be a consultation on Latin's inclusion in the languages diploma next year
But she stressed: "It is for schools to decide whether it should be included in the curriculum."
Figures published earlier this year showed the number of non-selective state secondary schools in England teaching Latin rose from 200 in 2000 to 471 last year.
But education specialists have expressed concerns that the rise in pupils learning the language is limited to Key Stage 3 pupils aged 12-14 and is not mirrored at GCSE and A-level.
There are also concerns about a continuing shortage in the number of postgraduate teaching colleges offering Latin courses.
quarta-feira, novembro 19, 2008
Councils ban use of Latin terms
A number of local councils in Britain have banned their staff from using Latin words, because they say they might confuse people.
Several local authorities have ruled that phrases like "vice versa", "pro rata", and even "via" should not be used, in speech or in writing.
But the ban has prompted anger among some Latin scholars.
Professor Mary Beard of Cambridge University said it was the linguistic equivalent of ethnic cleansing.
Some local councils say using Latin is elitist and discriminatory, because some people might not understand it - particularly if English is not their first language.
Bournemouth Council is among those which have discouraged Latin. It has drawn up a list of 18 Latin phrases which its staff are advised not to use, either verbally or in official correspondence.
The council denies that it places a ban on Latin words.
A council spokesman said: "We advise against using certain words, particularly when staff are writing to those whose first language may not be English.
"The advice is intended as a guide only, not a direction."
However, the council's Plain Language Guide lists Latin under the heading "Things To Avoid".
Other local councils have banned "QED" and "ad hoc", while other typical Latin terms include "bona fide", "ad lib" and "quid pro quo".
But the move has been welcomed by the Plain English Campaign which says some officials only use Latin to make themselves feel important.
A Campaign spokesman said the ban might stop people confusing the Latin abbreviation e.g. with the word "egg".
Ouvir Peter Jones no programa Today, da BBC Radio 4.
sábado, novembro 01, 2008
Ilusão cultural
Até que a casa caia
Nos últimos anos, nos ensinos básicos e secundário, institucionalizou-se uma espécie de loucura pedagógica. As disciplinas onde se transmitem saberes foram perdendo importância. Se eram difíceis, tornavam-se fáceis ou dispensáveis, como agora se viu com a Matemática. Simultaneamente todos os dias se repetia (e repete!) que os conteúdos têm de ser apelativos, pois supostamente o ensino deve ser lúdico e os alunos devem aprender sem esforço. À conta desta política de promoção do sucesso, entra-se em Engenharia sem ter estudado Matemática e a disciplina de Química corre o risco de desaparecer no ensino secundário porque os alunos não a escolhem. Idem para o Latim e para a Filosofia. Adeus equações, declinações e pensamento racional. Estuda-se um bocadinho de Psicologia e o resultado é o mesmo. Uma vez na faculdade, logo se vê. E se os engenheiros ainda vão estudando Matemática durante o curso — embora não a suficiente, porque mais de metade dos licenciados pelos 316 cursos de Engenharia existentes em Portugal chumbam no exame que a Ordem dos Engenheiros exige para o exercício da profissão — no caso dos antigos cursos de Letras, transformados cada vez mais numa versão literária das antropologias e sociologias, corre-se o risco de ver desaparecer os departamentos de Estudos Clássicos.
Noutras disciplinas, como a Física, baixou-se o nível de exigência nos exames nacionais de modo a que as estatísticas melhorassem. Mesmo nas línguas estrangeiras a opção pelo que se acha mais fácil pode levar a que se troque o francês pelo espanhol. A memorização tornou-se uma expressão maldita e arreigou-se a convicção de que o saber nasce das entranhas das crianças num fenómeno equivalente à intervenção do Espírito Santo que fez dos Apóstolos poliglotas. Os desaparecidos Trabalhos Manuais e Oficinais deram lugar às doutas tecnologias e áreas disto e daquilo, sendo que nestas disciplinas os alunos tanto podem levar o ano a fazer caixinhas de papel tipo pasteleiro, pintar cartazes para salvar a água, estudar, com detalhe, nas etiquetas da roupa a simbologia do torcer e lavar a seco, confeccionar bolos com pouco açúcar ou usar abundantemente as teclas “seleccionar-copiar-colar” da sala dos computadores. E para quê queimar as pestanas a estudar Química? Não existe, em alternativa, uma panóplia de disciplinas muito mais fáceis que, diz o “pedagoguês”, desenvolvem “novas competências e dinâmicas de interactividade”? Quanto aos professores, sobretudo com o actual modelo de avaliação, é sem dúvida bem mais fácil e propiciador de sucesso na carreira ser “ensinante” de Área de Projecto, nas quais os alunos invariavelmente obtêm melhores resultados, do que meter mãos à tarefa de dar aulas de Física ou Matemática.
A degradação do ensino não começou com este Governo. O que este Governo trouxe de novo foi a capacidade de transformar essa degradação, que os anteriores procuravam negar, num sinal de modernidade e progresso. Entrar em Engenharia sem ter feito exame a Matemática deixa de ser uma aberração e passa a “inovação”. Os conteúdos não contam, o que conta é o embrulho tecnológico com que chegam às mãos dos alunos. O Ministério da Educação há muito que vive num universo de ficção. O que Maria de Lurdes Rodrigues conseguiu foi que assumíssemos que essa ficção é do domínio do grotesco e que já não nos indignemos com isso.
Devo ainda acrescentar que nas faculdades de Letras os cursos de literatura estão a ser substituídos por cursos de “ciências da cultura”… Mas não nos iludamos com a nomenclatura. O fim da interpretação e da reflexão sobre textos literários é o início dos estudos de abrangência falsamente cultural onde nada se aprofunda e de tudo pouco se sabe.
quinta-feira, agosto 07, 2008
V Congreso Internacional de Latín Medieval Hispánico

V Congreso Internacional de Latín Medieval Hispánico
Continuando la tradición de los anteriores Congresos celebrados en León y Lisboa, anunciamos la organización del V Congreso Internacional de Latín Medieval Hispánico, por parte de la Universidad Autónoma de Barcelona y la Universidad de Barcelona, que tendrá lugar, Deo uolente, durante los días 7 al 10 de Septiembre de 2009.
En el último año se ha producido la pérdida de dos de los maestros más queridos y respetados de los estudios de latín cristiano y medieval en España, los Profesores Virgilio Bejarano Sánchez y Manuel C. Díaz y Díaz. Su recuerdo nos acompaña para impulsar y mantener el legado que ellos crearon y nos transmitieron con tanto entusiasmo y dedicación.
La celebración de este V Congreso nos dará oportunidad de recordar en la Universidad de Barcelona.los trabajos de la Escuela de Filología de Barcelona y del Glosarium Mediae Latinitatis Cataloniae.
El contenido del Congreso, el Latín Medieval Hispánico, entendido con un amplio criterio temático y cronológico, ofrece a los estudiosos el marco para exponer a la comunidad científica sus trabajos. El Comité Organizador invita a todos los investigadores de lo hispano a presentar el estado actual de los estudios que se llevan a cabo. También quiere potenciar la presentación de los Proyectos de investigación en curso y la presencia de los jóvenes que preparan sus tesis doctorales exponiendo en secciones especiales sus proyectos. Por otra parte queremos apoyar la presencia de investigadores extranjeros dedicados a los temas hispanos.
quarta-feira, julho 16, 2008
Latim para almoço
O director de uma editora de Kent (Inglaterra), ex-professor, decidiu ensinar latim aos seus funcionários durante a hora de almoço. Ver notícia na BBC.
quinta-feira, junho 26, 2008
Church 'comeback' for Latin mass
A mass to be held in Latin at Westminster Cathedral has been hailed as a sign that the use of Latin in church services is returning to the UK.The Latin mass was replaced by modern national languages after the reforming Second Vatican Council of the 1960s.But Cardinal Dario Hoyos's holding of a Latin Mass has been seen by Catholic traditionalists as a signal to the church leadership in England and Wales.Supporters of the traditional mass say it is popular among young Catholics.'Pick-and-choose' religionFollowing the reforming Second Vatican Council of the 1960s - although the Council did not rule Latin out, many Catholics did not speak it and so Latin gave way to modern national languages.Many British bishops were reluctant to grant permission to priests to celebrate mass in Latin, and some refused to do so.But last year Pope Benedict ruled that priests no longer had to secure special permission from their bishop to conduct mass in Latin.And the presence of Cardinal Hoyos - a senior adviser to the Pope - celebrating Latin Mass in one of the country's principal Catholic cathedrals, has been interpreted by some in the Church as a pointed gesture to the relatively liberal leadership in England and Wales.There is evidence of a demand for the Latin mass from young Catholics in particular, some of whom claim it represents a wider rejection of a modern pick-and-choose attitude to the religion.
segunda-feira, junho 09, 2008
Número de alunos a aprender Latim diminuiu 80 por cento em dois anos
O número de alunos a aprender Latim diminuiu 80 por cento nos últimos dois anos lectivos. Perante os números, professores e investigadores temem o desaparecimento de uma disciplina que desenvolve o raciocínio e facilita a aprendizagem de todas as línguas.
Este ano estão inscritos para realizar o exame nacional de Latim 313 alunos. Em 2006 eram 1651. Em todo o país, só quatro por cento das escolas secundárias oferece aos estudantes a possibilidade de aprender a disciplina conhecida como a "Matemática das Letras".
"O ensino das Humanidades está cada vez mais desvalorizado e o caso do Latim, em vias de desaparecimento, reflecte esse problema. O discurso político passa a ideia de que 'letras são tretas' e o que é preciso são as tecnologias e as ciências exactas", lamenta Paula Dias, investigadora do Instituto de Estudos Clássicos, da Universidade de Coimbra.
O problema, assegura, é quase exclusivamente português. Em Espanha e França, por exemplo, não tem havido redução do número de estudantes a aprender os clássicos e em países como a Inglaterra e a Alemanha, cujos idiomas nem sequer têm origem latina, o ensino "tem sido muito divulgado e incentivado pelo Estado".
Os dados do Reino Unido não deixam dúvidas: entre 2004 e 2007 mais do que duplicou o número de secundárias a leccionar a disciplina e há mesmo 2500 escolas do primeiro ciclo que dão às crianças introdução ao Latim para as ajudar na aprendizagem da gramática inglesa.
"Nós andamos sempre ao contrário dos outros. Lá fora percebem a importância do ensino da cultura clássica. Cá, os nossos governantes acham que só as tecnologias são importantes", corrobora Isaltina Martins, presidente da Associação de Professores de Latim e Grego (APLG).
Secretário de Estado diz que o problema é a falta de interesse dos alunos
Já o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, entende que o problema não está nas políticas educativas, mas nos estudantes, que simplesmente "não estão interessados".
"Temos professores para ensinar Latim, mas não há procura. O problema existe nas línguas clássicas no geral e até em algumas línguas modernas. Tem a ver com as expectativas e os interesses das famílias", explica.
Para a investigadora do Instituto de Estudos Clássicos, o desinteresse só revela "a falta de apreço geral dos portugueses pelo seu património cultural e literário". Paula Dias lamenta que o Ministério da Educação não tente combater esta realidade, promovendo o ensino de Latim, e questiona: "Como podem os alunos escolher o que não conhecem?".
Talvez muitos optassem de forma diferente, afirma, se soubessem que a disciplina "facilita imenso a aprendizagem de todas as línguas, por ser matriz de muitos idiomas, ajudando a compreender melhor a etimologia e o vocabulário".
Mas as vantagens não são apenas ao nível das línguas e do conhecimento da história e cultura clássica, em que se baseia a Europa. Os especialistas garantem que o Latim é uma "verdadeira ginástica mental, como a Matemática", desenvolvendo o raciocínio lógico, a memorização e a capacidade de concentração.
Para muitos estudantes portugueses, o Latim ainda é apenas sinónimo de aulas difíceis e sem utilidade prática, implicando "competências habitualmente definidas como chatas, como a memorização".
segunda-feira, junho 02, 2008
Dicionário Editora de Latim-Português
sábado, maio 17, 2008
Oxford Latin Mini Dictionary
annus horribilis
annus mirabilis
Carpe diem
Cogito, ergo sum
Cui bono?
Dulce et decorum est pro patria mori
Et tu, Brute?
Lacrimae rerum
Mens sana in corpore sano
Nil carborundum illegitimi
Nil desperandum
O tempora, o mores
Quis custodiet ipsos custodes?
Tempus fugit
Vae uictis
Veni, uidi, uici
Muito recomendável.
quinta-feira, maio 15, 2008
Vaticano em Latim
A política actual e os clássicos: o novo mayor de Londres
What can Boris learn from the classics?
The new London mayor, Boris Johnson, has been accused of lacking experience and political nous, but he has always boasted one qualification for government - a good grasp of Latin, Greek and classical history. So just what lessons can a modern politician learn from antiquity?
The place of classics in the great British education has declined in recent years.
Once upon a time, an Oxbridge classics degree was considered the cream of all qualifications, a gold standard for young people planning a career in the professions, the civil service and even government.
Boris Johnson's father Stanley summed it up in a newspaper interview at the weekend, saying: "In the days when Britain ruled more than a quarter of the world, a classical education was considered more than adequate training for the job of handling populations certainly as large and diverse as London's."
Johnson himself has spoken of the value of the classics in understanding modern politics, having written a book comparing the European Union with the Roman Empire, and suggesting every child be taught Latin.
But can the modern politician draw any lessons from the classical historian and philosophers?
WATCH YOUR BACK
If there's one thing the classics gives you, it's a sense of what a precarious business being in charge is. Take the Twelve Caesars by the Roman historian Suetonius. It is a story dominated by a central theme - political leaders who let power go to their heads and then pay the consequences.
Of the first eight Roman emperors, only one - Augustus - died a natural death. His successors often suffered grisly fates.
The emperor Tiberius, Augustus's adopted son, was reported to have been either poisoned, denied food while ill, or smothered. One of his many failings was his withdrawal from affairs of state, leaving these in the hands of the murderous Praetorian Guards commander Sejanus, and later his soon-to-be-successor, the insane Gaius Caligula.
Caligula was murdered by his own guards after a reign characterised by murders. The next emperor, Claudius, was probably poisoned on the orders of his wife. Future emperors had to watch out for children, wives, bodyguards, and generals. And who to delegate power to remains one of the key challenges for any leader.
WATCH WHAT YOU SAY
Johnson is not alone among modern politicians to have suffered controversy because of a tendency to talk volubly when it might have been better to remain circumspect.
In the classical world there was a great value placed on not saying too much. Many of the great aphorisms that have made it to the present day are the most pithy. "Veni, vidi, vici" or "I came, I saw, I conquered" - famously uttered by Julius Caesar - has been drummed into many a British schoolchild's head.
As Plato once said: "The wise man speaks because he has something to say, the fool because he has to say something."
But the masters of classical pithiness were the Spartans of Greece. It is said Philip of Macedon once sent a hostile message to the Spartans saying something along the lines of "if I bring my army down to Sparta, I will knock down the walls and kill everybody". The Spartan oligarchs reportedly sent back the one-word reply "if".
PRETEND TO BE STUPID
Supporters of Johnson have long denied that he has affected silliness in order to disguise his considerable intellect. But this was not unknown as a tactic in the ancient world.
"They conceal their wisdom, and pretend to be blockheads, so that they may seem to be superior only because of their prowess in battle." So Socrates, as quoted by Plato, described the Spartans.
And pretending to be stupid is supposed to have saved the life of the emperor Claudius when all his relatives were being murdered in a political merry-go-round.
Suetonius reports: "Instead of keeping quiet about his stupidity, Claudius explained, in a few short speeches, that it had been a mere mask assumed for the benefit of Caligula, and that he owed both his life and throne to it. Nobody, however, believed him."
WATCH OUT FOR BIOGRAPHERS
Biographies and autobiographies have long been a thorn in the side of the modern politician. It has been suggested that the current crop - including those of Lord Levy and Cherie Blair - may be causing some discomfort to Gordon Brown. But any student of the classics will know this has always been a problem.
Perhaps the best example is of Procopius, historian to the Eastern Roman Emperor Justinian. Apparently a loyal chronicler to his boss, he churned out eight volumes on the emperor's reconquest of Italy and north Africa.
But the same man who wrote the history of the wars is also credited with writing perhaps the most bilious biography of a political leader ever, the Secret History or Anekdota. The wise Justinian of the earlier histories became, in the infamous Secret History, a murderous, grasping, spendthrift, state-wrecker, controlled by his wife.
"Without the slightest hesitation he used to embark on the inexcusable murdering of his fellow-men and the plundering of other people's property... he was a unique destroyer of valuable institutions," wrote Procopius.
And much as recent occupants of Downing Street might have smarted from the revelation in books by Lance Price and Christopher Meyer they should be grateful there wasn't a Procopius around. The following assessment of a leader could have been written in recent years.
"This emperor was dissembling, crafty, hypocritical, secretive by temperament, two-faced; a clever fellow with a marvellous ability to conceal his real opinion, and able to shed tears, not from any joy or sorrow, but employing them artfully when required in accordance with the immediate need, lying all the time."
The emperor's wife Theodora gets it too.
"There was not a particle of modesty in the little hussy... she would throw off her clothes and exhibit naked to all and sundry those regions... which the rules of decency require to be kept veiled and hidden from masculine eyes."
But the Secret History was not published in Justinian's lifetime. Emperors always had the option of executing those who wrote unflattering works and burning all copies.
Modern politicians have to content themselves with keeping an eye out for those with an axe to grind.
BUILDINGS MAKE A GOOD LEGACY
Another lesson Johnson will take from antiquity is that the enduring legacy of any leader is very often the buildings they leave behind.
On his deathbed, according to the Roman historian Cassius Dio, the Emperor Augustus boasted: "I found Rome of clay; I leave it to you of marble."
And can it be any coincidence that many of the better-regarded Roman emperors are those that have left great buildings - Claudius left a great aqueduct, Vespasian the colosseum. And Justinian, for all the badmouthing he gets from Procopius, at least left the world with a building as magnificent as the Hagia Sophia.
While wary of any future Millennium Domes, the modern British politician will still appreciate the value of leaving a monument or two.
Here is a selection of your comments.
“Tacitus, the Roman historian, summed up the emperor Galba in four words: "capax imperii nisi imperasset" or "up to the job until he did it". A possible epitaph for Gordon Brown?” Andrew Guest, London
“Yep, lets us look forward to Boris implementing the Spartan ideas on proto-communism, the state as a military training camp, state controlled infanticide, secret police etc, all vote winners.” A Hughes, Manchester
“No such place as Oxbridge may exist, but then neither does Redbrick. Both were terms coined by the Liverpool academic EL Peers who wrote under the pseudonym Bruce Truscot in the 1940s. The concept of both was clear: 'Oxbridge' as an amalgam of Oxford and Cambridge referred to a collegiate education at an ancient university (with international reputation); Redbrick referred to the Victorian universities which often featured red bricks in their construction. The majority of them also had Classics departments. The argument therefore follows that if one does not exist then neither can the other. Stat Roma pristine nomine, nomina nuda tenemus. Far from suffer, many of us rejoice in a 'redbrick education'.” Simon W, London
“The claim that classical education is in decline in Britain is a popular one, but I'm afraid that it is not an accurate one. In fact, there are more students studying Classics at my university (Oxford) than ever before; moreover, Latin in schools has increased threefold in the last seven years, while there is increasing demand for Classics teachers in schools (according to an article by Chris Arnott in the Guardian Education section on 5th February this year).” James Morton, Oxford
“Boris may also remember the warning of Plato that those who should have power do not want it, and those who seek power should not have it.” M Owen, Manchester, UK
“Another example of Spartan wit can be found in Dienekes retort to the news that Persians would fire so many arrows as "to blot-out the Sun", to which he replied, "So much the better; we shall fight in the shade."” DS, Croydon, England
“Boris, bless his cotton socks, will also know that in Roman history populist rabble-rousing ends in failure (the Gracchii, Julius Caesar), the most successful politicians play a long game (Augustus) and that senatorial dignity is worth keeping. All of which should suggest a slow and measured approach to Mayoral office...” Mark, Reading
“And the Athenian leader Pericles left us the Parthenon. As the historian Thucydides said: "Suppose... that the city of Sparta were to become deserted, and that only the temples and foundations of buildings remained, I think that future generations would... find it very difficult to believe that the place had really been as powerful as it was represented to be. If, on the other hand, the same thing were to happen to Athens, one would conjecture from what met the eye that the city had been twice as powerful as in fact it is."” Anon, UK
“Imagine the situation... two politicians that had started political life at roughly the same time subsequently became very powerful and eventually rulers of their country. Infighting destroyed them both - once one had been removed, the other committed political suicide by pursuing a policy which had been unpopular amongst his contemporaries. Finally, a young political novice rose up from amongst the debris to steal the crown and rule for an unprecedented number of years. Answers on a postcard?” Tony, London
segunda-feira, abril 07, 2008
Berlusconi gostava de conhecer Júlio César para lhe falar em latim
Noticia a BBC.
segunda-feira, março 17, 2008
Latim em vez do inglês
Algumas empresas espanholas começam a substituir o inglês pelo latim na hora de dar o nome a novas marcas e produtos.
Vender después de morir; latín y griego desplazan al inglés en las empresas
¿Qué tienen el latín y el griego que las empresas recurren a ellos para convencernos de sus bondades? ¿Por qué nos invitan a invertir en “Criteria” o en “Solaria” o en “Dinamia” o en “Eolia” y una carta de vinos parece una traducción de Julio César?
De la vieja moda de nombres anglosajones para inducir la idea de que el producto era novísimo y eficaz sólo quedan, entre las ciento veintiocho empresas que integran el mercado continuo de la bolsa española, cuatro cuya denominación remita al inglés.
Son Bankinter, Service Point, Jazztel — todas ellas añosas — y la más joven Vueling. Frente a ellas, sólo en este año, se han estrenado en el mercado Realia, Solaria y Criteria, que se suman a las también relativamente nuevas Logista y Dinamia o a veteranísimas como Argentaria. Y fuera del continuo, Itinere, Globalia, Eolia, todas ellas de creación reciente.
Como comenta con humor el académico de la lengua y lexicógrafo José Antonio Pascual, los nombres de inspiración anglosajona tienen ya su más importante reducto en los “pubs”, que usan el genitivo sajón — ese “Diego’s”, por ejemplo, que tanto luce en bares de carretera —, y en las peluquerías, en esta ocasión con esa “coma volada” al principio de la palabra: “S’tilo”.
Y si de los nombres de las empresas pasamos a las marcas de sus productos, el aluvión es mayor. Una carta de vinos es una clase de latín o de griego: Oremus, Aurus, Primium, Augustus, Plácet, III Milenium, Thermantia, Protos. Claro que en vinos es comprensible, nadie asocia lo anglosajón con los placeres; y con los del gusto, menos.
Pero también ocurre con las marcas de los coches: Vel Satis, Modus, Clío, Signum, Focus, Transit, Phaetón, Auris, Prius, Micra, Ypsilon, Fabia, Octavia...
Esta elección de nombres por parte de las multinacionales del automóvil muestra cómo el fenómeno es universal, no sólo español.
¡Si hasta en productos con tan poco brillo social como los jabones para fregar platos nos encontramos un “Quantum” y una variedad “Supra plus”!
El griego da prestigio
Pero ¿por qué ese cambio? Fernando Beltrán, fundador de la empresa “El nombre de las cosas”, dedicada precisamente a eso, a crear nombres para empresas, dice que la moda se explica porque “las palabras clásicas son eufónicas — suenan bien — e internacionales, pues se entienden en casi todos los idiomas occidentales; hasta el idioma inglés tiene muchas más palabras de origen latino y griego de las que nos creemos”.
Además “aportan prestigio a lo que nombran, el prestigio de lo clásico, lo que acaba dando un valor de garantía y seriedad a esas empresas o productos nombrados”.
A José Antonio Pascual el asunto le hace gracia: “Abandonamos el conocimiento de la literatura clásica, no sabemos qué son las sirenas, que volaban, ni que Calypso había tenido allí, en la isla, a Ulises, y sin embargo estamos creando marcas con el latín y el griego. Es muy bonito”.
“Yo tengo hecho — añade el académico — un trabajo sobre el “alia”, que se ha convertido en un sufijo nuevo — habitalia, noctalia, realia, animalia... — que parece evocar una gran estructura, con apariencia de colectivo y da prestigio. He recopilado ya unas 200 palabras con esta terminación”.
Pero este uso de sufijos del latín es un fenómeno muy extendido que no se limita al mundo de las empresas, recuerda Pascual. En nuestra vida cotidiana hay una tendencia creciente a sustituir el sufijo “dero” por el “torio”, que es lo mismo pero en latín.
“No olvidemos que decimos sanatorio y no sanadero y ambulatorio... Los sufijos en ‘dero’, comedero, bebedero se han degradado con el tiempo y entonces recurrimos directamente al ‘torio’, y hasta se construyen disparates como tanatorio, porque los finales en dero o en torio se hacen con verbos y tánatos es un sustantivo”.
También a Fernando Beltrán le parece “curioso que se supriman las asignaturas de latín y griego de los estudios de bachillerato, considerándolas casi como asignaturas anacrónicas y anticuadas, y el mundo de las marcas — teóricamente el que refleja “el latido” del marketing y la comunicación más actuales y vanguardistas —, esté al tiempo inspirándose en el mismo y con resultados sorprendentes entre las generaciones más jóvenes”.
Morir de éxito
Pero el fenómeno puede morir de éxito o, visto desde otra óptica, de indigestión. Beltrán cuenta que “se ha abusado ya tanto de ellos, que su moda pasará en los próximos tiempos. De hecho, a nosotros hay clientes que al igual que antes te pedían que el nombre a crear ‘no sea en inglés’, ahora te dicen que ‘no sea un nombre latino’.
“Están ya por todas partes, dice Beltrán, mientras que antes casi se utilizaban exclusivamente en ámbitos culturales, académicos, o en el mundo de la medicina, que siempre fue amigo de los nombres de origen clásico, por ser fieles al nombre original de los componentes de cada medicamento”.
Pascual lo expresa diciendo que “el exceso banaliza”. Si se saturan tanto los términos latinos que hasta se relacionan con un detergente, puede pasarles lo que a la música clásica. Lo peor que te puede ocurrir es oír una musiquilla clásica asociada a un detergente. “Lave su ropa con persil” ha machacado la “Marcha nupcial”.
Así será en el futuro, pero desde luego no es el caso ahora mismo, como demuestra “Aquaria”, que ha rizado el rizo del amor al clasicismo cambiando su nombre latino por el no menos clásico de “Fluidra”, con esa referencia al término griego que designa el agua: hidra. Y ello, por su salida a bolsa.
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
Iniciação ao Latim
Todas as informações sobre o funcionamento das aulas, materiais de apoio, etc., aqui.
domingo, fevereiro 17, 2008
Mundo clássico hoje - Audax

O que me leva a escrever este texto é, claro está, o nome do concurso: o adjectivo latino audax, acis, que concentra em si as qualidades de alguém que queira introduzir a sua ideia de negócio na economia: ‘audacioso, ousado, corajoso, resoluto, atrevido, temerário, presunçoso, impudente’.