quinta-feira, julho 09, 2009

Final da Antígona de Girandoux

“Como é que se chama, quando o dia desponta, como hoje, e em que tudo está malbaratado, em que tudo está saqueado, e em que, no entanto, o ar é respirável, e em que perdemos tudo, em que a cidade arde, em que os inocentes se matam uns aos outros, mas em que os culpados agonizam num canto do dia que desponta? - Pergunta ao mendigo. Ele sabe. - Isso tem um belo nome, senhora Narses. Chama-se aurora.”

apud Jacqueline de Romilly, A Tragédia Grega, Lisboa 1997 (Paris, 1970), p.153

quinta-feira, julho 02, 2009

Rei Édipo no TNDM

Uma das peças previstas para a temporada 2009-2010 do Teatro Nacional D. Maria II é Rei Édipo.

Officina Romanorum

O CEC - Centro de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa está a organizar, em experiência-piloto, uma semana de actividades de sensibilização à Língua Latina e à Cultura Clássica, matriz cultural e factor identitário do mundo moderno de padrão ocidental, com os seguintes objectivos:

  • Adquirir noções básicas de Cultura Romana
  • Melhorar a compreensão da Língua Portuguesa
  • Iniciar crianças dos 8 aos 12 anos na Língua Latina
  • Desenvolver o raciocínio lógico
  • Explorar noções como “Ser Europeu” e “Cultura Europeia”
  • Aprende, ler e pesquisar - brincar aprendendo, aprender brincando
  • Estimular as crianças para uma educação superior
  • Promover a apetência pelo enriquecimento curricular
  • Responsabilizar pelo desenvolvimento de um trabalho colectivo a ser publicado

Curso prático de introdução à epigrafia

O Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arqueologia promove nos dias 10 e 11 deste mês o curso Saxa Scripta — Introdução à Epigrafia. O curso orientado por Pedro Marques tem o seguinte programa:

O curso Saxa Scripta está organizado em vários módulos temáticos, especificamente Epigrafia Romana, Introdução ao Latim Epigráfico, A Sociedade, Epigrafia Funerária, Epigrafia Oficial, Epigrafia Votiva, Epigrafia em Instrumenta, Epigrafia em Mosaicos.

O que é a epigrafia romana? A epigrafia desempenhou um papel na civilização romana e fornece-nos informações importantes para melhor compreendermos vários aspectos das vivências nessa civilização, nomeadamente as práticas funerárias, as práticas votivas e os actos de cariz oficial, entre outros. O interesse pelo estudo da epigrafia romana surgiu no Renascimento, época em que a sua importância como fonte histórica originou inclusivamente a falsificação de inscrições.

Para ler uma inscrição, é necessário ter um conhecimento do léxico epigráfico, assim como de vários aspectos práticos. Deste modo, iremos apresentar o léxico epigráfico e transmitir algumas informações acerca da leitura, do comentário e da publicação de uma inscrição.

As inscrições que abordaremos estão gravadas em Latim, pelo que explicaremos sucintamente as características fundamentais do latim epigráfico.

A epigrafia fornece-nos várias informações respeitantes à sociedade. Neste âmbito, abordaremos as questões da fórmula onomástica, do cursus honorum e da titulatura imperial.

Os restantes módulos consistem na análise das inscrições, apresentando as principais características de cada âmbito e efectuando exercícios práticos de leitura e comentário epigráficos. Iremos analisar os seguintes âmbitos: a epigrafia funerária; a epigrafia oficial, nas vertentes honorífica, monumental, jurídica e viária; a epigrafia votiva, respeitante às divindades indígenas, aos cultos romanos, aos cultos orientais, às inscrições de cariz pânteo, aos esconjuros e ao culto imperial; a epigrafia em instrumenta, nomeadamente as marcas de oleiro. Terminaremos com alguns exemplos de epigrafia em mosaicos.

Informações e inscrições pelo email gamna@mnarqueologia-ipmuseus.pt