Recebo da Faculdade de Letras a seguinte informação:
«Realiza-se no próximo dia 21 de Maio, Quarta-Feira, pelas 11h00, na sala 9, uma conferência do Professor Ricardo Santos, da Universidade de Évora, subordinada ao tema "Aquiles ainda corre? Os Paradoxos de Zenão e a Noção de Infinito" (resumo em anexo). A entrada é livre.
Aquiles Ainda Corre?
Os Paradoxos de Zenão e a Noção de Indivíduo
Os Paradoxos de Zenão e a Noção de Indivíduo
Para ultrapassar a tartaruga, Aquiles tem primeiro de completar uma série infinita de sub-corridas. Uma vez que a série é infinita, Zenão de Eleia considerou que ela não poderia ser completada. Dir-se-ia então que, se a corrida alguma vez começou, Aquiles ainda deve estar a correr.
Bertrand Russell afirmou que os avanços matemáticos do século dezanove conseguiram finalmente resolver o problema de Zenão de modo rigoroso e definitivo. A chave dessa solução é o isomorfismo entre o espaço e o tempo, por um lado, e o conjunto ordenado dos números reais, por outro. Muita gente subscreveu a afirmação de Russell. E, no entanto, o século vinte conheceu uma enorme expansão dos estudos sobre os paradoxos de Zenão. Será que, também filosoficamente, Aquiles ainda corre?
Nesta apresentação, discutirei nomeadamente se a experiência mental das máquinas de infinidade (como o candeeiro de Thomson) logrou efectivamente reabrir o problema de Zenão. Defenderei que não, argumentando que essa experiência coloca uma questão espúria.
Bertrand Russell afirmou que os avanços matemáticos do século dezanove conseguiram finalmente resolver o problema de Zenão de modo rigoroso e definitivo. A chave dessa solução é o isomorfismo entre o espaço e o tempo, por um lado, e o conjunto ordenado dos números reais, por outro. Muita gente subscreveu a afirmação de Russell. E, no entanto, o século vinte conheceu uma enorme expansão dos estudos sobre os paradoxos de Zenão. Será que, também filosoficamente, Aquiles ainda corre?
Nesta apresentação, discutirei nomeadamente se a experiência mental das máquinas de infinidade (como o candeeiro de Thomson) logrou efectivamente reabrir o problema de Zenão. Defenderei que não, argumentando que essa experiência coloca uma questão espúria.
Ricardo Santos
http://www.filosofia.uevora.pt/rsantos/home.htm
- Doutor em Filosofia pela Universidade Nova de Lisboa (2002).
- Professor Auxiliar da Universidade de Évora (desde 2006).
- Investigador do Instituto de Filosofia da Linguagem FCSH-UNL (desde 1997).
- Actual Presidente da Sociedade Portuguesa de Filosofia (desde 2006).
- Autor de Aristóteles: Categorias – Tradução, Introdução e Comentário (Porto Editora, 1995) e de A Verdade de um Ponto de Vista Lógico-Semântico (Fundação C. Gulbenkian, 2003) e de artigos diversos nas áreas da lógica, filosofia da linguagem, filosofia da acção e filosofia grega antiga.
- Em preparação: tradução anotada dos Primeiros Analíticos de Aristóteles (para as Obras Completas de Aristóteles em Português, em curso na IN-CM) e estudos sobre as ideias de Aristóteles acerca da verdade, do princípio da bivalência e do paradoxo do mentiroso.
- Coordenador do projecto de investigação Paradoxos: Dedutivos, Indutivos e Práticos, financiado pela FCT, no período 2008-2010.»
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